CRÍTICA DA ARTE SIM! POR QUE NÃO?

A mais nova secção do nosso blog é discutir um pouco sobre Crítica da Arte, começamos com a resenha do aluno graduando em Produção Cultural Isaac Joantan, hoje vou postar minha resenha crítica sobre a exposição Andedan, que ocorreu na Galeria de Arte IFRN do Campus Natal Cidade Alta, no mês de março deste ano. A resenha crítica foi uma das atividades que a professora Mára Beatriz Pucci de Mattos realizou dentre a disciplina de Crítica da Arte.
Meu nome é Jocasta Luana S. de Andrade, sou graduanda em Produção Cultural, bolsista no Projeto Casa Amarela e realizo á Produção Cultural da  Galeria de Arte do  IFRN Campus Natal Cidade Alta.

Abaixo a minha resenha crítica:
 

Campus Natal Cidade Alta

Curso: Produção Cultural

Disciplina: Crítica da Arte

 EXPOSIÇÃO ANDEDAN

                                                 Autor: Jocasta Luana S. de Andrade (Natal, 2013)     

A exposição realizada na Galeria de Arte do Campus Natal Cidade Alta - IFRN, intitulada "Andedan" do artista plástico "Marcos Popó", é um dos trabalhos que foram selecionados no edital de ocupação da galeria que tem como objetivo, abrir espaço para artistas que não possui espaço no mercado das artes.

Marcos Vínicius "Marcos Popó" é militar e como tal é disciplinado e pontual. Qualidades que são importantes para ser um grande artista; Ele nasceu em Brasília no dia 22 de Julho de 1982, morou no Rio de Janeiro onde viveu até os 18 anos, seu desenho era voltado para história em quadrinho. Nesse mesmo período realizou o curso de figura humana (SENAC-RJ). Com 18 anos ingressou na Academia da Força Aérea - AFA, nessa fase seu traço passou para realizar caricaturas de amigos e cartoon do Jornal da AFA.

Sua primeira exposição "Andedan" não se classifica como desenho de história em quadrinho muito menos caricatura. Nosso olhar em um primeiro momento desperta para tantas técnicas e materiais que foram usados nas obras do artista nelas  são retratadas,  fisionomias,celebridades, personagens políticos, escritores ganham vida, com madeira, tinta, bola de futebol, colagem em papel de revistas, pedaços de livros, vidro, fita durex, carimbo, linha e hidrocor.

Marcos Popó busca materiais diferenciados para expressar diferentes mensagens em suas obras, tudo começou com chocolate, sua esposa gostava das obras feitas com calda de chocolate por Vick Muniz. Nada mais doce representar o amor (casais, crianças) por meio de chocolate, quem imaginaria representar a figura do Rei do futebol - Pelé com uma bola de futsal e tinta, uma retratação perfeita.

Uma das obras da exposição é a representação do escritor Machado de Assis, o escritor é retratado com os pedaços da sua obra "Memória Póstumas de Brás Cubas" a obra do autor dar vida as feições dele. Muitas de suas obras lembram a "Op Art - Arte Óptica", a obra de Machado de Assis é uma das que mais se aproximam, a tonalidade das cores do papel (preto e branco), a forma como as folhas foram cortadas e coladas e a composição final que dá a impressão de movimento,causa no observador a sensação de que as figuras se movimentam, uma obra que lembra essa perspectiva é Catarata 3 (1967) de Bridget Riley pelas formas de figuras e os recortes utilizados, cores e movimentos.

Outra influência em sua obra é o pontilhismo, porém na retratação do quadro de Ivete Sangalo, o artista utiliza quadradinhos nas cores quentes (vermelho,amarelo,preto e branco), dando movimento e vida a Ivete.

Ao espectador cabe se envolver nessa obras, muitos dos trabalhos apresentados tem diferentes perspectivas vistas de perto e de longe. A percepção óptica é um grande referencial de seu trabalho, não só pelo seu movimento, mas pelos materiais e sua intenção de representar esse objetos. Quando nos afastamos nosso olhar tem uma visão geral do que está sendo representado, quando nos aproximamos nosso olhar começa a descobrir um mundo de criatividade e novidades, de como essas obras são realizadas.

Jocasta Andrade

Graduanda em Produção Cultural

Coordenação da Galeria

Bolsista do Projeto Casa Amarela