terça-feira, 7 de outubro de 2014

Dupla Exposição - Entrevista com as Artistas


Conversei com as duas artistas da Dupla exposição que está desdo dia 02 de outubro na Galeria de Arte do IFRN Campus Natal Cidade Alta.
Leila Ulman e Cristina Strapação transbordam sentimentos em suas obras, com sensibilidade, leveza. Duas artistas que pelo elo da arte, realizam essa exposição resultado do amor pelas artes, que segue na Galeria de Arte até o dia 31 de outubro.

Você confere agora, a entrevista que realizei com essas mulheres incríveis:

Leila Ullmann




Conta um pouco para nossos visitantes, sua trajetória nas artes visuais.

Após minha  aposentadoria e criar filho, me dediquei integralmente as artes plásticas, pintura, escultura, artesanato e poetiza. A pintura tem me trazido grandes alegrias, inclusive convites para expor no exterior, onde conquistei premiação, me abrindo caminho para diversos outros convites e alegrias.


Como você descreveria suas obras?

Gosto de tintas, cores, meu trabalho contagia pelas cores alegres e fortes. A pintura do mundo afro, foi uma compreensão que somos todos multicoloridos, não existe diferença nas cores  que correm em nossas veias.


Você estreia agora em Outubro na Galeria de Arte do IFRN Campus Natal Cidade Alta,o que podemos esperar dessa exposição?

Uma pequena mostra do meu trabalho dentro do Multicolorido mundo afro.


Como foi seu ingresso no BrazilianArte ?


Foi um convite do ítalo. Houve uma empatia imediata e durante anos temos feito muitos trabalhos juntos. É uma honra ser amiga de um profissional tão honesto e sincero.

Você acredita que o meio das mídias sociais favorece para um maior acesso do público com as artes visuais?

Sim, a arte tem de ir ao encontro de onde o povo está.


Qual foi o trabalho que marcou sua vida?


Uma tela chamada Maternidade. Não só conquistei uma premiação para um único artista, como por toda expressividade que ela contém.

Maternidade - Leila Ullmann

Minha inspiração é?

O trabalho com negros e africanos.


Minha cor favorita?

Vermelho.


Um artista?

Beatriz Milhazes.
Foto: Divulgação

Uma obra?

Todas da Sonia Menna Barreto.
Obra de Sônia Menna Barreto

Uma palavra que defini Leila Ulmann?

Uma pessoa simples, amiga, alegre, disposta a fazer amigos e interagir com todo o mundo.


Você pode conhecer um pouco mais da artista clicando aqui !




Cristina Strapação







Cristina, como começou seu interesse pela pintura?


Quanto ao meu interesse pela pintura não sei ao certo quanto começou. Lembro de gostar de desenhar a ser apaixonada pelas cores desde criança e usava qualquer material que encontrasse para poder brincar com o desenho, pois na época não tinha acesso a eles. Assim um lápis grafite, um pedaço de carvão, meia dúzia de lápis coloridos serviam. Cresci gostando de desenhar, mas escolhi como curso acadêmico Serviço Social, pois sou muito idealista e sempre achei que poderia "salvar o mundo", dar contribuição para que a vida das pessoas possa ser melhor. 
O desenho por muito tempo foi apenas passatempo. Com os meus três filhos pequenos, resolvi ficar em casa para melhor cuidá-los e educá-los. Aí para descansar das tarefas domésticas, quando me sobrava um tempinho, desenhava, fazia algumas aulas e oficinas para aprender algumas técnicas como pastel seco e oleoso, lápis de cor, aquarela, acrílica e principalmente a pintura a óleo, que é  a minha preferida. 
Apesar do pouco tempo que tive para fazer aulas, este pouco serviu para que pudesse praticar em casa, o que comecei a fazer todos os dias, de forma que fiquei viciada, comecei a mergulhar de cabeça. Passei a participar de algumas exposições e aí adeus ao Serviço Social. Recebi convite para dar aulas de arte, que passaram a exigir que  eu me aprofundasse mais, assim nunca mais deixei de investigar os processos de desenho e pintura. Passei por várias técnicas, estilos e fases, mas sempre dentro do realismo.

Observei algumas das suas obras em seu site (http://www.cristinastrapacao.com.br) você trabalha tanto com pintura quanto desenho, como é seu processo criativo? Como você descreveria suas obras?


Quanto ao processo criativo no meu trabalho; cada fase teve um tipo de processo, mas sempre partindo da realidade. Os temas, os quais pinto, porque formam parte do que conheço e vivo e, portanto, me sinto atraída por eles. Ocupo-me diretamente do mundo que me rodeia, a temática do meu entorno pessoal, tratado de dar visibilidade ao meu cotidiano. As coisas que passam praticamente despercebidos para os olhos de muitas pessoas, através dos olhos do artista, adquirem um novo valor ao serem representadas nas pinturas, convertendo-se em foco de atenção e até objeto de desejo.

Como moro a beira mar, a uma quadra da praia, na Ponta do Seixas (Ponto Extremo Oriental das Américas, em João Pessoa) vivo esta realidade. Assim para mim são de grande importância os elementos que fazem parte da paisagem marinha, as nuvens, as ondas, as pegadas na areia, barcos, jangadas e pequenos detalhes deles, até os objetos e resíduos que as pessoas deixam na praia, como garrafas, embalagens, roupas, sapatos, restos de alimentos, ao qual chamamos de "lixo", podem se transformar em tema a ser investigado, fazendo um paralelo entre a paisagem ideal e a paisagem agredida pelo homem, trazendo a questão do meio ambiente para dentro da pintura, sem que seja uma arte panfletária.


O Rio e o Encontro com o Mar - óleo sobre tela/2010



Esse mês, você e a Leila Ullmann estreiam na Galeria de Arte do IFRN, o que o público pode esperar nessa exposição?


Quanto ao que o público pode esperar desta exposição, é que poderá estar em contato com dois mundos pictóricos diferentes. Somos duas artistas diferentes, nem nos conhecemos pessoalmente, mas temos em comum, o que é mais importante, o amor pela arte. E que queremos oferecer ao nosso público, cada uma de nós, o nosso universo pictórico, essas imagens que são unicamente nossas, cada uma com o seu tema, as suas cores, o seu estilo, a sua linguagem e estética e única.


Qual sua expectativa da exposição em Natal/RN, na Galeria de Arte?


Quanto as minhas expectativas em relação à exposição em Natal; não costumo ter muitas expectativas em relação às minhas exposições, a única coisa que realmente espero é poder oferecer ao público momentos, que se pareçam com pequenas viagens dentro do mundo da pintura, momentos de reflexão. Espero que ao sair da exposição algo mais as pessoas levam consigo.


Em meio aos avanços tecnológicos e das mídias sociais, como você percebe a recepção do público à arte hoje?


A nossa sociedade está impregnada de informações e principalmente imagens,inundada por elas em todos os lugares e horas, em revistas, TVS, jornais, circulam pela internet o tempo todo, em tempo real. As imagens estão presentes de tal maneira que acabam se tornando invisíveis para o observador. A poluição visual é tão grande que as torna imperceptíveis de oferecer algo mais que imagens banais, não apenas tecnicamente perfeitas, mas imagens que levem a uma reflexão ou inquietação.


Você e a Leila Ullmann fazem parte do BrazilianArte, como você ingressou?

Ingressei no BrazilianArte por convite do Ítalo, Córdula, organizador do site.


Minha inspiração é?


Minha inspiração é o mundo que me rodeia, o meu cotidiano, as grandes e pequenas coisas que dele fazem parte, aquilo que está bem perto e hoje em particular, a paisagem litorânea e o seu poder mágico transfigurando-se e reestruturando-se na tela.

Uma cor?

A cor da natureza.

Uma obra?

O universo.

Uma palavra que descreve Cristina Strapação?

Inquietude.


Visite a página da artista aqui.



Fonte:

http://www.mennabarreto.com.br/2012/

http://www.leilaullmann.com.br/

http://www.cristinastrapacao.com.br/default.aspx

http://www.brazilianarte.com.br/

http://portal.ifrn.edu.br/






Jocasta Andrade
Fundadora do Blog da Galeria de Arte
Produtora Cultural